terça-feira, 8 de julho de 2014

1932 MMDCA



Com muita admiração, através deste, para falar um pouco sobre este evento tão importante à sociedade brasileira.  

A  Revolução Constitucionalista de 1932.

 Durante a velha República  (1889-1930), formou-se uma “cooperação”  entre os estados mais abastados do país na época, São Paulo e Minas Gerais, cujos representantes alternavam-se no posto da presidência nacional  naquilo que ficou conhecido como a "política do café com leite". Em 1930, porém, o então  governante da republica Washington Luís, representante dos paulistas, rompe a aliança com os mineiros e indica o governador de São Paulo Júlio Prestes como seu sucessor, que venceu as eleições.

 As forças políticas mineiras não aceitaram o resultado e, por meio de um golpe de estado articulado com o apoio dos estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, colocam Getúlio Vargas no poder. 

O novo governante fecha o Congresso Nacional, anula a Constituição de 1891 e depõe governadores de diversos estados, passando a nomear substitutos. As medidas desagradam profundamente as elites paulistas tradicionais.

Esses agrupamentos, que eram ligados ao Partido Republicano Paulista (PRP), passam a trabalhar em oposição ao governo de Getúlio.

A partir de 1931, se junta a essa elite deposta um "grupo mais moderno", que exige do governo a criação de uma carta magna que regesse a legislação do país - algo que Vargas vinha adiando cada vez mais - além de eleições gerais para presidente da república.

Neste intervalo de tempo em que se formava esse grupo opositor, fortaleciam-se, em São Paulo, os chamados tenentistas, constituídos não apenas por militares, mas também de civis que agiam sob sua liderança. 

Fatidicamente, no dia 23 de maio, esses agrupamentos se encontraram e se defrontaram nas ruas de São Paulo, o que resultou na morte de alguns estudantes em praça pública, que ficaram famosos como MMDC (sigla das iniciais dos quatro jovens mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Mais tarde, adicionou-se a letra A, de Alvarenga, ao final da sigla, de outro jovem que acabou morto por causa do conflito).Essas mortes foram o estopim que deu início no dia 9 de julho de 1932 à Revolução Constitucionalista.

Foram quase três meses de batalhas sangrentas, encerradas em 2 de outubro daquele mesmo ano, com a derrota militar dos constitucionalistas.

O movimento foi vencedor, porque logo depois do término do conflito, o governo federal convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição do Brasil em 1934. Foi também quando, pela primeira vez no país, as mulheres participaram do processo eleitoral.




ESCRITOR PAULO BATISTA 

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