O bordel está pegando fogo!
Diante de novo compasso,
congressistas se alinham para apreciar possível impeachment do Presidente
Temer.
Nesta quarta-feira, Joesley
Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no Supremo Tribunal Federal
(STF) e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da
JBS, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram
realizar uma das delações premiadas mais tormentosas.
Diferente de todas, a delação possui
informações bombásticas: Nela, possivelmente o presidente Michel Temer foi
gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado
Rodrigo Rocha Loures (PMDB) para resolver um assunto da J&F (holding que
controla a JBS). Posteriormente, em situação escandalosa, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala
com R$ 500 mil enviados por Joesley.
Possivelmente, o presidente
também ouviu do empresário da JBS sobre a mesada entregue à Eduardo Cunha e ao
operador Lúcio Funaro, para ficarem calados. A delação estava recheada,
envolveu Aécio Neves, Mantega etc.
Pela primeira vez, feitas foram
"ações controladas". Ou seja, um meio de obtenção de prova em
flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno
para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou
mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números
de série informados aos procuradores.
Parecendo coisa de filme, as
malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear. Nessas ações
controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas
durante todo o mês de abril.
Pelo que foi homologado por
Fachin, os delatores não serão presos e nem
usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa pífia, comparando ao
valor do patrimônio da JBS, no valor de R$ 225 milhões para livrá-los das operações
Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos.
Em fim, uma nova novela se inicia
e certamente o congresso estará incontrolável nos próximos dias.
Nesta triste história, quem perde
é o povo, pois toda estruturação econômica realizada e recuperação de
investimentos obtidos serão perdidos, diante deste novo senário.